PROGRAMAÇÕES DE VIDA INTRAUTERINA
A vida Intrauterina (ou vida intra-uterina) , o Processo de Nascimento e sua Influência na Estruturação da Personalidade.
A lei que rege as programações da vida diz que o momento mais importante e que fica marcado com força de lei indelével, se localiza na vida intrauterina e na infância. Visto que esta é a primeira etapa da vida onde todos os acontecimentos ficam registrados em seu arquivo de memória: o subconsciente.
Programações de Vida Intrauterina
Pelo falado até aqui, sabemos que no período de gestação, o subconsciente da criança é programado segundo o que a mãe pensa, sente, deseja ou imagina, pois é um ser com a mãe. Tudo se registra no subconsciente do filho em gestação.
Ao acontecer a fecundação, o ovo contém todo um código genético que determina os caracteres físicos do bebê.
Também já estão definidas informações, programações psicológicas a respeito da imagem de homem, de mulher, de família, de doenças, de saúde; que são passadas por comunicação telepática entre a mãe e o bebê, sobre o passado dos ancestrais, o presente da mãe, o mundo exterior e interior, em que ela vive.
Segundo HEIDERSCHEIDT (1998, pag. 120):
“O bebê recebe as informações de tudo o que mãe pensa, sente ou imagina, de modo que ao nascer, não está pronto fisicamente, mas com o seu subconsciente contendo traços básicos e informações capazes de caracterizar a sua personalidade.”
Emoções positivas ou negativas, todos os sentimentos gravam-se com muita intensidade no subconsciente do bebê, agravado pelo fato de ele não possuir qualquer filtro, toda informação fica armazenada.
O feto fica sem entender as razões dos sentimentos da mãe e os relaciona a si, sofrendo e ficando marcado por desajustes emocionais.
Uma gestação tranquila, harmoniosa, de uma mãe em harmonia com seu corpo, com o pai da criança e com o mundo; dá como fruto uma criança saudável, com o potencial para uma vida feliz, com facilidade para enfrentar obstáculos, auto aceitação, autoconfiança.
Numa gestação marcada por tristeza, desespero, doença, dificuldades diversas, rejeições, ambiente tenso (por problemas financeiros ou de relacionamento), ou ameaça de aborto (real ou imaginária). O fruto dela é uma criança que ao nascer tem no seu subconsciente informações negativa a respeito de viver. No subconsciente deste ficará registrado: a rejeição, insegurança, medo, culpas; que logo ao nascer já pode manifestar falta de energia, atraso no desenvolvimento, distúrbios gastrointestinais. E comportamentais como: cólica, recusa ao peito da mãe, insônia, choro constante, sono exagerado, agitação, passividade, dificuldade de adaptação a pessoas e ambientes.
Todos os sentimentos da mãe durante o período de gestação gravam-se intensamente no subconsciente do bebê e vão produzir os resultados de vida desse novo ser. Quanto mais equilibrados forem esses sentimentos, mais segura essa criança vai se sentir diante da vida.
Rejeição de sexo
Fui esperado do sexo que nasci? Esta é uma pergunta que todos devemos nos fazer, com profundas implicâncias na nossa personalidade.
Este tipo de programação de vida intra-uterina pode ocorrer de forma bastante acentuada por influências familiares. Por exemplo: a família deseja muito que nasça um filho homem para dar continuidade ao nome da família. A gestante pode não estar motivada significativamente para tal desejo: mas, por mecanismo subconsciente, pode desejar um menino, visando ser aprovada e fazer sucesso diante dos familiares, principalmente quando for uma idealista e mais ainda se ela própria viver marcada por significativa rejeição.
Observemos ainda que a intensidade da programação de vida intrauterina realizada pela mãe pode ser muito mais subconsciente do que consciente, e que essa mesma intensidade de programação irá produzir as caraterísticas [...] de forma mais ou menos saliente. (GRISA, 2000, pag. 111)
Toda rejeição interfere na vida da pessoa, de forma orgânica (no próprio organismo); afetivo-emocional (quando interfere na programação de sentimentos e emoções); fatual (quando interfere sobre os fatos e os acontecimentos).
Quando o feto está formado, já tem a informação sobre seu sexo e suas necessidades.
Se a família, ou os pais aguardam uma criança de um sexo, e ela for de outro, a criança sente a rejeição, e de acordo com essas programações mentais somadas a educação recebida e as características físicas, comportamentais e emocionais pode ser mais ou menos reforçadas, subtraídas ou modificadas.
Mulher Esperada Menino
Esta outra programação de vida intrauterina impacta diretamente nos sentimentos das mulheres,
Só uma mulher esperada homem sabe o que é: Sentir-se presa em casa e ainda com sentimento de culpa por irritar-se com os filhos.
Dramatizando, pode-se dizer que ainda no útero materno o subconsciente “conversa” com a menina que vai nascer, nos seguintes termos, como se fosse um bichinho (anjinho ou diabinho): “Mariazinha, estão esperando um menino, e você é menina. Vai decepcionar ao nascer. Vê se depois que nasce não decepciona mais. Senão são capazes de joga-la ao lixo ou a porta de um vizinho. Cuidado!” (GRISA, 2000, pag. 113)
Fisicamente apresenta: corpo mais forte, pelos fortes e duros, força física maior, seios pequenos, excesso de peso (para esconder os traços femininos), cabelos curtos, calças compridas em vez de saias.
No comportamento apresenta: movimentos bruscos, atividades profissionais masculinas, evita tarefas domésticas, impaciência com os filhos, “se o homem pode? Eu também posso?” Habilidade na direção de veículos e armas, interesse por profissões de liderança.
Emocionalmente: medo de decepcionar os outros, ansiedade, insegurança nos relacionamentos afetivos, sexualmente é muito tímida ou muito liberada, carinhos escassos aos filhos, não sabe ser mãe carinhosa, doce e suave, rejeição ao próprio corpo e condição de mulher, sente vergonha, acha-o feio.
Homem Esperado Menina
Segundo Grisa (2000, pag. 117):
Muitos homens foram esperados menina porque a mãe queria uma companheira para ela. Em tais casos o menino e o futuro homem-esperado-menina sente-se impelido a dar assistência a mãe, ser seu amigo e companheiro. Quando isso não ocorre, desenvolve em si uma programação e sentimento de culpa.
Fisicamente apresenta: pele sedosa, delicada; cabelos sedosos, compridos; barba rala e macia; pênis menor, fimose; musculatura frágil; físico: belo; vaidoso; porte elegante; roupas bonitas e joias.
No comportamento: insegurança nos negócios e na profissão; habilidade nas tarefas domésticas; tendência para a arte; facilidade de aceitar, perdoar, compreender, fácil de ser manobrado; voz mais aguda e fina; tendência para o homossexualismo, gestos e atitudes femininos, insegurança nas atividades que exigem força e destreza.
Emocionalmente tem facilidade para expressar a emoção e o choro; mágoa com qualquer situação; envolvimento com o belo e artístico; intuição e imaginação em graus elevados; compaixão pelos que sofrem inclusive animais; ansiedade provocada pelo medo de decepcionar; comprometimento com a mãe lhe serve de companhia e sente culpa quando não faz estas funções.
Sexualmente apresenta: masturbação precoce (prova a si mesmo que o pênis funciona); curiosidade mórbida pelas formas femininas; gosta de leituras eróticas ou pornográficas; amizade maior com mulheres; dificuldade no relacionamento sexual com mulheres; ansiedade quanto ao seu desempenho sexual, motivo de apresentar ejaculação precoce; culpa por ter decepcionados pais por não ser menina.
Homem Esperado Menino
Imaginem uma família com três ou mais meninas, aguarda com muita expectativa um homem. Quando ele chega, a alegria é grande, ele nasce sem muita iniciativa, ele expressa assim: “vocês não queriam um homem?” Ele sente que já cumpriu sua missão, e que nada mais deve ser feito na vida.
Age como garanhão cegamente, sem responsabilidade nenhuma.
Segundo Grisa (2000, pag. 118)
Geralmente ocorre uma decepção com o homem-muito-esperado-menino. Tão desejado homem e nasce um homem sem muita iniciativa.
- Por quê? – perguntará o leitor mais ansioso.
- Simplesmente porque o subconsciente se manifesta. É como se o subconsciente respondesse em seu raciocínio mecânico e limitado: “Vocês não queriam um homem? Não desejavam um macho? Pois aqui estou com todos os documentos. Minha missão principal já está cumprida”
Mulher Esperada Menina
Ela chega após três ou mais meninos, ou seja, foi muito esperada menina.
Sente-se responsável pela família e pelo bem-estar de todos; exagera na assistência e esquece-se de si mesma; pode não casar, porque é grande seu envolvimento com a família; está sempre pensando nos outros; sexualmente tem muito cuidado, pois o filho fica na sua barriga.
Rejeição de gravidez
No passado, a rejeição a gravidez praticamente não existia, pois o filho sempre era uma benção divina e mão de obra importante para a família.
Hoje com as sociedades urbanas, houve um reforço grande das rejeições à gravidez, pois o filho representa normalmente uma boca mais para alimentar e em condições, não tão fácil.
A rejeição à gravidez registra no feto uma ameaça de morte, uma rejeição vital, um anular de perspectivas de futuro.
O subconsciente já tem registrada a lei de sobrevivência do indivíduo, o feto já sabe que fora da barriga da mãe, não sobrevive, e como ser vivo que é, reage, deseja viver.
O susto, a ameaça verdadeira ou de pensamento de aborto, o temor, e o medo, vivenciados pelo feto se transformam em mecanismos de inseguridade, de sensação de fragilidade, de inferioridade, que podem acompanha-lo por toda a vida.
Efeitos de Ordem Orgânica
As programações de vida intrauterina interferem sobre o próprio organismo.
Grisa (cita o fato de uma paciente que adorava cuidar de bebês, mais apresentava aversão as fezes da criança).
O subconsciente dela diz assim: OK! Se você não gosta de fezes eu dou um jeito. Ela teve uma filha sem ânus.
Efeitos Afetivos e Emocionais
As grandes emoções são registradas como programações tão fortes que passam a ter na vida do ser, o valor de verdadeiros instintos, impulsos fortes, cegos e automáticos.
Exemplo 1: uma moça solteira engravida e é rejeitada pela família, que depois a aceita e cuida deles: a criança nasce sentindo-se excluída por essa família.
Exemplo 2: Gravidez pré-nupcial engendra sempre o filho do pecado, pela crítica da comunidade muito religiosa. A criança sente-se incomodada com a presença de padres, freiras ou qualquer coisa que o faça lembrar aquele sentimento de rejeição.
Exemplo 3: Rejeição profunda de parente, neste caso, se alguém da família opinou que era melhor interromper a gravidez, a criança que nasce vai ter problemas com esta pessoa a vida inteira, pois no seu subconsciente, ela é o monstro que quis mata-la.
Direcionamento de Fatos e Resultados
Se a mãe tem uma profunda rejeição a gravidez. A menina vai ser estéril, ou terá abortos espontâneos, não vai casar. Se o resultado for um menino, este será celibatário, terá uma vida sexual infeliz.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GRISA, Pedro A. Paranormalidade. Um Potencial Mental. 5. Ed. Florianópolis: EDIPAPPI/LIPAPPI, 2002.
GRISA, Pedro A. Liberte seu poder extra. 13 Ed. EDIPAPPI, 2005.
GRISA, Pedro A. O Jogo e a Estrutura das Personalidades. 5. Ed. EDIPAPPI/LIPAPPI, 1992.