REAÇÃO ATRAPALHADA DO SUBCONSCIENTE
As três importantes Leis de Sobrevivência coexistem numa avenida de tráfego rápido e tem sempre prioridade de passagem. Quando o subconsciente percebe o perigo, real ou imaginário gera uma reação mais ou menos violenta, que aponta uma direção diferente da que o consciente considera como escolha e gerando, assim, o desconforto e a sensação de não dar conta dos objetivos de vida delineados de forma consciente.
Essa via rápida de circulação se manifesta como um muro emocional e parece traçar a fronteira entre o que se deseja e o que se faz. Inúmeras tentativas não são suficientes para ultrapassar este umbral emocional.
Se a primeira linha do programa do Subconsciente é "Sobreviva", está claro que cada vez que enfrenta um perigo ele vai ser forçado a reagir.
Está vista assim a dificuldade em identificar a origem de um comportamento. O Parapsicólogo Clínico tem um indicativo muito claro da origem do problema que o paciente está relatando, que quer uma coisa, mas age no sentido contrário, ou que reage em forma desproporcional ao perigo. As reações automáticas foram quase todas elas gestadas nos primeiros anos de vida, por isso a família com suas dificuldades emocionais, sociais, financeiras e de relacionamentos constitui o caldeirão onde está sendo produzida a sopa das dificuldades emocionais da criança.
Se a amígdala é quem tem como função verificar o meio ambiente para descobrir por antecipação qualquer ameaça, pode-se entender que o meio ambiente uterino, as circunstâncias do nascimento e a primeira infância tem um papel primordial no estabelecimento dessas programações.
Se o meio ambiente com sua informação das infinitas e maravilhosas vibrações cósmicas for entendido como um perigo, deve-se explicar ao sócio em terapia que as leis cósmicas estão aí para conduzi-lo rumo à felicidade, à realização de seus planos; e que deve harmonizar-se com elas para conseguir ser feliz. Não estar em consonância com as leis cósmicas pode ativar a amígdala e, desse modo, a pessoa passa a agir no automático.
Se a vida passa tranquila ao lado do ser e o conforto impera no corpo físico, pode-se sentir o subconsciente na programação plena e original de saúde e bem-estar. Por isso todas as tentativas iniciais devem ser dirigidas a harmonização da pessoa, para poder colocar seu olhar racional sobre os acontecimentos.
Os sinais de forte emoção criam uma estática neural que impede o lobo pré-frontal manter a memória funcional que possa interpretar de forma racional um acontecimento.
O paciente expressa sua dificuldade assim: "Não consigo pensar direito". Esta é a forma de expressar uma mente com a amígdala fortemente ativada, isto acaba atrapalhando as aptidões intelectuais e volitivas da criança ou adulto, mutilando a capacidade de aprender ou comportar-se assertivamente.
Em todo caso, qualquer paciente com problemas de impulsividade, sugere uma mente em alerta permanente com tendência a ter problemas, não por deficiência intelectual, mas porque o controle que tem sobre a mente emocional é falho.
No começo do século XX se experimentou uma cirurgia simples, a lobotomia, consistente em cortar a ligação entre o lobo frontal e as áreas do cérebro que controlam as emoções, a amígdala. As pessoas que passaram por essa cirurgia deixaram de ter comportamentos impulsivos, sendo em consequência menos perigosos para o convívio social. Em contrapartida, não sentiam mais nenhuma emoção.
Nos pacientes com deficiência na comunicação neuronal entre o lobo pré-frontal e amígdala, embora não há deterioração na capacidade cognitiva, a ausência de emoções coloca a pessoa numa indecisão permanente, que pode se alastrar por muito tempo.
Não se deve desprezar o papel das emoções, pois elas podem ser o guia da vida. As emoções indicam o caminho, e são indispensáveis nas decisões racionais. Em termos gerais, se a emoção é negativa, indica que o caminho não é o correto. Se é positiva, indica por onde se deve continuar a caminhada.
O cérebro emocional está tão envolvido no raciocínio quanto o cérebro pensante. Quando os dois interagem bem, o domínio das emoções e da capacidade racional aumenta.