PARAPSICOLOGIA COMO CIÊNCIA

A Parapsicologia do Sistema Grisa, como ciência que estuda o poder da mente, não investiga a anatomia e o funcionamento dos sistemas orgânicos, se ocupa apenas com o funcionamento da mente.

Na antiguidade se percebia como natural o fenômeno paranormal: os curadores, benzedeiros, oráculos e adivinhos eram reverenciados e serviam ao poder local.

Na Idade Média a Igreja Católica passou a castigar os paranormais, separando-os em dois grupos definidos: os santos - aqueles que pregavam a doutrina cristã chegando a fazer milagres, e os hereges ou possuídos pelo diabo - que alimentaram as fogueiras da Santa Inquisição.

No século XX, novas cosmovisões passaram a estudar o fenômeno paranormal com um olhar mais objetivo. A Parapsicologia como ciência se firmou após J. W. Rhine, botânico norte-americano (a frente do laboratório de Parapsicologia da Universidade de Duke) demonstrar sobre base científica a existência da Paranormalidade, em especial com seus experimentos dirigidos sobre a Telepatia com o uso das cartas Zenner.

cartas Zenner
cartas Zenner
Ensaios de telepatia
Ensaios de telepatia

Estudos sucessivos foram afastando aos poucos a possibilidade da atuação de forças externas no fenômeno paranormal, até se chegar à conclusão de que o mesmo sempre é provocado por uma mente humana em dificuldades. O fenômeno surpreendente e assustador que se manifesta está baseado num poder da própria mente. Estes fatos, eventos e acontecimentos extrapolam o normal, não sendo comuns no dia-a-dia das pessoas, fogem ao cotidiano e, portanto, não podem ser estudados pelas ciências tradicionais.

Atualmente a Parapsicologia Científica Independente

(que se considera livre de qualquer paradigma seja Espírita ou Católico e busca confirmar a origem e as características do fenômeno paranormal) constata que os fenômenos paranormais não têm origem no mundo sobrenatural ou espiritual, mas sim no próprio ser humano. A Paranormalidade é um Potencial Natural de todos os seres humanos, latente ou bloqueado em alguns, desencadeado ou desabrochado noutros. A Paranormalidade (Mediunidade ou Sensitividade) não é um dom divino nem manifestação do mundo do além, mas um potencial natural do ser humano, como tantas outras capacidades.

A mente do ser humano desencadeia ou produz os fenômenos Paranormais. A mente perturbada, quando o indivíduo vivência grave ameaça para sua sobrevivência, desencadeia poderosa energia. Exemplo: 'poltergeist' ou casas mal-assombradas.

A chamada "Energia Psi" da mente humana é capaz de atuar nos diferentes campos de energia:

  • Física: ignorando a lei da gravidade e da inércia, movimentando e fazendo voar objetos nos fenômenos de casas mal-assombradas.

  • Química: desencadeando fogo nos fenômenos de autocombustão e outros (a emoção de raiva, especialmente contida, produz "fogo mental").

  • Biológica: produzindo doenças inexplicáveis por sua violência e fatalidade ou por sua origem desconhecida; bem como produzindo as chamadas "curas milagrosas".

  • Comunicativa: recebendo ou transmitindo informações ou mensagens que extrapolam as leis que regem o rádio, a televisão e a telefonia celular; como na Telepatia, Pré-cognição, Claripercipiência e Bilocação de Consciência (Projeciologia, Desdobramento ou Viagem Astral).

Como a mente humana faz para produzir a Energia Psi?

É o Subconsciente quem desencadeia a Energia Psi ou Energia Mental, atuando tanto nos fenômenos de PES ou Percepção Extra Sensorial (capacidade do ser humano de perceber além do limite dos sentidos), quanto nos fenômenos de Psicocinesia (capacidade da mente atuar sobre a matéria). Lembrando que o mais importante na vida de todo ser vivo é "estar vivo", "sobreviver", e que essa é a programação mais profunda que tem o subconsciente, em qualquer ocasião em que o ser se encontre com alguma dificuldade que possa significar um perigo (real ou imaginário), o subconsciente, que é uma fonte de sabedoria e energia, liberta essa ação de proteção, que pode se manifestar exteriormente como um fenômeno diferente e mais ou menos assustador.

Entende-se que o fenômeno paranormal é um potencial e como tal deve ser compreendido. Compare-o com o a energia elétrica. Os humanos sabem do potencial da eletricidade e de como deve ser usado. Se estiver tudo em ordem, ele ilumina e movimenta motores de forma 'mágica'. Se há um fio desencapado pode haver um blecaute, queimando equipamentos, produzindo choques e até levando à morte.

Harmonizado com a paranormalidade, o potencial se libera e é possível colher os frutos dessa força incrível. Lembrando que no universo tudo é um infinito potencial e, se há ordem, o fruto é o bem-estar, o amor e a evolução. Se há desordem, o resultado é o caos.

A energia Psi desencadeada pela função mecânica de mente humana, atuando em nível da ordem (ou da criação), abre perspectivas imensuráveis e nos permite antever o mundo marchando na evolução do ser, da família, da sociedade e do todo.

Essa forma de compreender o fenômeno paranormal colocou à Parapsicologia a evidência de que tinha em mãos a ferramenta para modificar a vida do ser humano e, assim, passou a ser considerada a ciência do Poder Mental.

Pedro Antônio Grisa, uma simples alma da roça que sempre observava a natureza com profunda intimidade, depois de atuar como psicólogo se interessou pelos fenômenos paranormais na sua fascinação pelo estranho, assombroso e assustador. Com dificuldades físicas provocadas por uma cegueira precoce desenvolveu um mundo interior fértil que permitiu compreender a aparente dualidade que vive o ser humano.

Segundo Grisa:

Ao longo da História humana, todos os pensadores importantes tiveram dificuldades em unir uma dualidade sempre sentida e percebida no Ser Humano. Dividia-se o Ser Humano em Corpo e Alma. A Alma representando a parte boa; o Corpo - a parte ruim.

"O Espírito é forte, mas a carne é fraca."

A Alma é de Deus, o Corpo é do Diabo. E o Ser Humano deveria cuidar para que o Corpo e o Diabo não levassem a alma a perder-se, desviar-se dos caminhos de Deus.

Muita penitência se fez para "domar o corpo", vencer as tentações da carne.

Francisco de Assis chama o Corpo de burro, asno chucro, que é preciso domar à base do laço, penitência e sacrifício.

Os instintos seriam carnais, e os bons pensamentos, a vontade de praticar o bem, seriam espirituais.

A alma estaria encarcerada no corpo, daí a dificuldade de se expressar livremente e do ser humano manter-se na trilha do bem, no caminho das virtudes, viver o encontro da fraternidade.