O QUE É SOBREPESO

Já meteu o pé na jaca?

Toda pessoa que sofre com sobre peso conhece a experiência de comer sem fome, ou de conhecer as técnicas para se alimentar adquadamente e não cumprir: “meter o pé na jaca”.

Por tras desse comportamento desastrado existe algo que está na nossa biologia que nos impulsiona a comportamentos erráticos.

Enfim, isso é o ser humano.

Segundo a wikipedia:

O sobrepeso é uma condição em que uma pessoa tem um peso corporal superior ao que é considerado saudável para a sua altura, idade e sexo. Geralmente, é determinado pelo índice de massa corporal (IMC), que é calculado dividindo o peso da pessoa em quilogramas pelo quadrado de sua altura em metros. Um indivíduo tem sobrepeso quando seu IMC está entre 25 e 29,9.

A compulsão alimentar

A compulsão alimentar é um comportamento complexo e humano que envolve uma combinação de fatores biológicos, psicológicos e sociais. Compreender o mecanismo subjacente a essa compulsão é essencial para desenvolver estratégias eficazes de tratamento e prevenção.

Ou seja, se quiser ter sucesso em manter o peso e a saúde ideal deve compreende de que se trata.

No centro da compulsão alimentar está o sistema de recompensa do cérebro, particularmente o neurotransmissor dopamina. Quando consumimos alimentos saborosos, especialmente aqueles ricos em açúcar, gordura e sal, o cérebro libera dopamina, gerando uma sensação de prazer e satisfação. Esse processo é semelhante ao que ocorre com outras formas de dependência, como drogas e álcool.

Em indivíduos com compulsão alimentar, o sistema de recompensa pode ser hiperativo. Isso significa que a ingestão de alimentos altamente palatáveis gera uma resposta de dopamina mais intensa, levando à busca repetitiva por esses alimentos para repetir a sensação de prazer.

E se prestamos atenção a história humana, entendemos que temos passado por intensos momentos de fome, no qual assistimos seres queridos passarem por uma longa agonai por falta de alimentos. As experiência ancestrais ainda estão vivas em cada ser humano. O cérebro não consegue dizer que não a um alimento, em especials se ele possui açucar, gordura ou sal (que entregam rápidamente energia ao corpo)

Como age o cérebro na compulsão

O córtex pré-frontal, uma região do cérebro responsável pelo controle inibitório e pela tomada de decisões, desempenha um papel crucial na regulação do comportamento alimentar. Em pessoas com compulsão alimentar, essa área pode ser menos ativa, resultando em uma menor capacidade de resistir aos impulsos de comer excessivamente. Essa disfunção pode levar a uma falta de controle sobre a ingestão de alimentos, mesmo quando a pessoa está ciente dos impactos negativos desse comportamento.

De criança, eu costumaba acordar na frente a geladeria, sem saber o que estava fazendo lá... Sonambulismo? E também compulsão alimentar, força poderosa que me obrigava a consumir alimentos mesmo sem sentir fome.

Hormônios e Sinais de Fome

Hormônios como grelina e leptina regulam a fome e a saciedade. A grelina, conhecida como o "hormônio da fome", aumenta o apetite, enquanto a leptina sinaliza ao cérebro que estamos satisfeitos. Desequilíbrios nesses hormônios podem contribuir para a compulsão alimentar. Em pessoas com excesso de peso, pode ocorrer resistência à leptina, onde o cérebro não recebe o sinal de saciedade, levando à ingestão contínua de alimentos.

A boa notícia: é possível regular esses hormônios e sua manifestação de forma consciente para se alimentar de forma racional.

Além disso, a insulina, que regula os níveis de glicose no sangue, também pode influenciar o comportamento alimentar. Níveis elevados de insulina podem aumentar a fome e o desejo por alimentos ricos em carboidratos.

Como o estado emocional impacta o comportamento

A compulsão alimentar muitas vezes está associada a fatores psicológicos e emocionais. Ansiedade, depressão e estresse são comumente ligados a episódios de compulsão alimentar. Comer pode servir como uma forma de automedicação para aliviar emoções negativas, proporcionando um alívio temporário, mas perpetuando o ciclo de compulsão.

O estresse, em particular, pode desencadear a liberação de cortisol, um hormônio que aumenta o apetite e pode levar ao desejo por alimentos calóricos. A relação entre emoções e alimentação é complexa e pode criar um ciclo vicioso difícil de quebrar.

Fatores ambientais e sociais

O ambiente em que vivemos também desempenha um papel significativo na compulsão alimentar. A disponibilidade de alimentos altamente palatáveis e de fácil acesso pode aumentar a frequência e a intensidade dos episódios de compulsão. Além disso, normas sociais e culturais podem influenciar os padrões alimentares, promovendo o consumo excessivo de alimentos em determinadas situações, como festas e celebrações.

Estratégias de Tratamento

Aqui abordaremos apenas as estratégias terapeuticas que ajudam a modificar padrões de pensamento e comportamento relacionados à alimentação, que incluem mudanças no estilo de vida, incluindo uma alimentação balanceada, exercícios físicos regulares e técnicas de gerenciamento do estresse.

Compreender os mecanismos da compulsão alimentar é o primeiro passo para desenvolver estratégias de tratamento personalizadas e eficazes, promovendo uma relação mais saudável com a comida e melhorando a qualidade de vida.